IDENTIDADES E RESISTÊNCIA NA POÉTICA DE NEGRA ÁUREA: ESCRITA CONTEMPORÂNEA NA AMAZÔNIA AMAPAENSE
Escrita feminina amazônica. Poética. Identidade(s).
A presente dissertação analisa a manifestação de múltiplas identidades na poética da artista amapaense Negra Áurea, bem como busca entender a escrita de resistência e marcas de negritudes no corpus selecionado para análise. A pesquisa se justifica, primeiro pela ampliação da recepção literário-poética da escritora, e também dos estudos com ênfase em Negritude(s) na Amazônia, mais especificamente no contexto da produção feminina e do Amapá. Para a composição deste estudo, propomos uma análise interpretativa e argumentativa de alguns poemas que foram selecionados na coletânea PoesiAurea: estratégia pedagógica para a educação das relações étnico-raciais, publicada em 2023. Para realizar a análise dos textos seguimos duas abordagens: sendo a primeira a que se desenvolve em perspectiva bibliográfica e a segunda documental. Nesse sentido são discutidas as teorias que propiciaram o estudo crítico em relação à presença do viés identitário na literatura amazônica, feminina e negra, assim como, das marcas de resistência na poética contemporânea. Assim, tem-se a contribuição de autores como Hall (2022; 2023) e Bernd (1984; 2011) para os estudos sobre literatura, cultura e identidades; Culler (1999) e Bosi (2000; 2002), no que se refere à poética e resistência; ao que tange literatura feminina e resistência, conta-se com os pressupostos teóricos de Evaristo (2007; 2011) e Ribeiro (2023); Loureiro (1995) para compreensão e contextualização sobre a cultura Amazônica; para falar sobre negritudes tem-se Fanon (2020) e Munanga (2020); e a história da literatura amapaense em uma análise cultural a partir de Marino (2022).