PAISAGEM E POLÍTICA NA FORMAÇÃO DOS ECÓTONOS LINGUÍSTICOS DA FRONTEIRA FRANCO-BRASILEIRA: UM ESTUDO ECOLINGUÍSTICO DO MULTILINGUISMO NAS COMUNIDADES DE VILA VITÓRIA E SAINT- GEORGES.
Ecolinguística; Paisagem Linguística; Política Linguística; Vila Vitória; Saint-Georges.
O presente trabalho objetiva investigar questões relacionadas às práticas multilíngues ocorrentes na paisagem e às políticas de organização do espaço linguístico a fim de compreender a ecologia e a formação fronteiriça como ecótonos linguísticos, nas comunidades de Vila Vitória (BR) e Saint-Georges (FR). Este estudo fundamenta-se nos pressupostos teóricos e metodológicos da Ecolinguística, defendidos por Haugen (1972), Couto (2002-2018), Albuquerque (2020), associados às proposições sobre Política Linguística presentes em Calvet (1996 -2002), Savedra e Lagares (2012), Spolsky (2016), bem como na noção de meio ambiente enquanto espaço físico que reflete as dinâmicas linguísticas, observáveis nas abordagens sobre a Paisagem Linguística de Shohamy e Gorter (2009), Day (2024), entre outros. A pesquisa é de natureza básica empregando aspectos da pesquisa aplicada com abordagem mista. A coleta de dados é multifacetada envolvendo pesquisa imagética, observação etnográfica e entrevista, com vistas a examinar a formação de um ecótono linguístico fronteiriço. A análise proposta foi realizada com base no acervo construído da paisagem linguística observada e nos relatos de entrevistas, segmentados em microáreas que são as comunidades de fala.