O ensino de história para jovens em privação de liberdade no Estado do Amapá: contribuições da perspectiva decolonial para a práxis da autonomia solidária.
Ensino de história. Perspectiva decolonial. Socioeducação de internação. Interculturalidade Crítica. Autonomia Solidária.
O presente trabalho visa contribuir com a ressignificação da prática docente no ensino de história na Escola Estadual Professora Elcy Rodrigues Lacerda, integrante da educação básica na rede estadual que atende jovens que cumprem medida socioeducativa em regime de privação de liberdade na Amazônia amapaense. Para isso, trabalharemos a temática O ensino de história para jovens em privação de liberdade no Estado do Amapá: contribuições da perspectiva decolonial para a práxis da autonomia solidária. Trataremos o presente estudo a partir das contribuições de pensadores precursores da perspectiva decolonial, como Fanon (2008;2022), Freire (1987;2015;2018;2021), e os organizadores do grupo Modernidade/Colonialidade, como Quijano (2005), Mignolo (2007;2017;2020), Maldonado-Torres (2008), Dussel (1993;2016) e Walsh (2009; 2010; 2013; 2018), além dos pesquisadores praticantes da Decolonialidade na Amazônia amapaense, Dias (2021; 2022) e Nery (2020;2024). Como Objetivo Geral propomos analisar os desafios e as possibilidades do ensino de história, numa perspectiva decolonial, na Escola Estadual Professora Elcy Rodrigues Lacerda, para jovens que cumprem medida socioeducativa em regime de privação de liberdade, valorizando histórias e saberes indígenas, quilombolas e ribeirinhos no processo de formação de pessoas com autonomia solidária na Amazônia amapaense. Assim, a presente pesquisa adotará uma abordagem qualitativa, quanto aos objetivos será exploratória, quanto aos procedimentos técnicos será bibliográfica e documental. Para coleta de dados, usaremos entrevistas semiestruturadas, observação participante e diário de bordo. A Análise de Conteúdo, conforme proposta de Laurence Bardin (2011), será utilizada para interpretar e categorizar o conteúdo das falas e percepções de estudantes, professores e pedagogos. Apresentaremos, como Produto Educacional, o jogo Trilha Autonomia Solidária: navegando com Interculturalidade Crítica, de perfil aberto, ou seja, com recurso de exploração de temáticas diversas, acompanhado por um Material de Apoio com contribuições teóricas e metodológicas direcionado às professoras e aos professores com orientações necessárias para um melhor aproveitamento deste jogo como recurso didático nas aulas de história, com grande potencial interdisciplinar em seu uso no atendimento socioeducativo de internação, em particular, quanto na rede de educação básica, no geral.