Banca de DEFESA: MORONI PASCALE BEMUYAL GUIMARAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MORONI PASCALE BEMUYAL GUIMARAES
DATA : 06/06/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

INVISIBILIDADE DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS: análises socioterritoriais da comunidade Sapo Seco, no médio Rio Araguari/AP


PALAVRAS-CHAVES:

Usinas hidrelétricas; Impactos socioterritoriais; Comunidades ribeirinha; Amapá.


PÁGINAS: 115
RESUMO:

A Região Amazônica, notável por sua rica biodiversidade e abundância de elementos naturais, tem sido alvo de diversos projetos de exploração, especialmente a instalação de grandes empreendimentos energéticos, como usinas hidrelétricas, que com a lógica capitalista prioriza o lucro em detrimento do bem-estar das populações locais, resultando em desapropriações e profundas perdas culturais e territoriais. Neste contexto, a comunidade Sapo Seco, situada no médio rio Araguari, nos municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes, Amapá, é um caso emblemático de invisibilidade socioterritorial. Apesar de estar afetada pelos impactos socioterritoriais, econômicos e ambientais decorrentes da instalação da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, a comunidade é classificada na Área de Influência Indireta, no Estudo de Impacto Ambiental, sendo, portanto, invisibilizada como atingida pelo empreendimento. Essa situação levanta questionamentos sobre as definições geográficas e territoriais adotadas nos Estudos de Impacto Ambiental que frequentemente não refletem a realidade vivida pelas comunidades locais. A pesquisa propõe analisar o processo de invisibilidade socioterritorial em que os ribeirinhos da comunidade Sapo Seco sofreram com a construção e funcionamento da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão. Metodologicamente, combina abordagem quanti-qualitativa, incluindo análise bibliográfica, documental, legislação pertinente e pesquisa de campo, com entrevistas semiestruturadas com membros da comunidade, além de registros fotográficos. A análise se fundamenta em uma perspectiva marxista, destacando as relações de classe e produção e buscando analisar como as dinâmicas econômicas e sociais moldam a realidade das comunidades afetadas. Os impactos da Usina Hidrelétrica  na comunidade Sapo Seco são profundos, desestabilizando modos de vida e fragmentando identidades culturais que estão intrinsecamente ligadas ao rio Araguari. O Movimento dos Atingidos por Barragens tem desempenhado papel crucial na organização e mobilização da comunidade, lutando por reparações que garantam justiça social e ambiental. A resistência coletiva se destaca como um meio de busca por reconhecimento e direitos. A pesquisa, também, ressalta a urgência de políticas públicas que considerem as experiências locais, a fim de preservar práticas culturais e promover convivência harmoniosa com o meio ambiente. A luta por visibilidade se torna, assim, essencial para a preservação das práticas culturais e para garantir os direitos das comunidades atingidas por grandes projetos de exploração na Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2206642 - DAGUINETE MARIA CHAVES BRITO
Interno - 1170830 - RICARDO ANGELO PEREIRA DE LIMA
Externa à Instituição - MARIA MADALENA DE AGUIAR CAVALCANTE - UNIR
Notícia cadastrada em: 13/05/2025 13:16
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