ANÁLISE DE GEOMORFOSSÍTIOS COMO SUBSÍDIO AO GEOTURISMO NO MUNICÍPIO DE SERRA DO NAVIO, AMAPÁ.
Amazônia, Geodiversidade, Roteiro Geoturístico, Geoconservação.
As pesquisas no campo das Geociências, voltadas à interpretação da paisagem, de seus fatores genéticos e evolutivos, bem como dos processos que a moldam, e ao desenvolvimento de ferramentas para a popularização desse conhecimento, têm desempenhado um papel fundamental nas discussões sobre o meio abiótico. Esses estudos também têm impulsionado novos debates, como aqueles voltados para a compreensão e valorização da geodiversidade. Ao considerar a importância das relações existentes no âmbito da geodiversidade, do geoturismo, do patrimônio geomorfológico e da geoconservação, o seguinte estudo visa inventariar e avaliar quali-quantitativamente geomorfossítios localizados no município de Serra do Navio, estado do Amapá. Para o alcance de tais objetivos, os procedimentos metodológicos são faseados em 8 etapas fundamentais: I- Levantamento do referencial teórico-conceitual; II- Colhimento de dados cartográficos dos aspectos fisiográficos dos geomorfossítios (geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e hidrografia); III - Confecção dos materiais cartográficos (a partir do tópico anterior); IV- Trabalho de pesquisa de campo para observação e seleção dos geomorfossítios; V- Inventariação dos geomorfossítios; VI- Avaliação quali-quantitativa dos geomorfossítios; VII – Desenvolvimento do “Ranking Geoturístico” a partir dos geomorfossítios; VIII- Construção das propostas de roteiros geoturísticos para a promoção do geoturismo e da geoeducação em Serra do Navio através dos geomorfossítios. A análise a partir da inventariação e avaliação resultou em um Ranking Geoturístico com base nas médias atribuídas aos geomorfossítios avaliados. A Lagoa Azul (T6) lidera com média 2,55, destacando-se pelo alto potencial geoturístico. Em segundo lugar está o Mirante da Mina F12, com 2,50, valorizado por sua paisagem e função interpretativa. O Balneário Pedra Preta, com 2,45, ocupa o terceiro lugar, reforçando seu papel como espaço de lazer e geodiversidade. Na quarta posição, o Mirante da Mina A12 alcançou média 2,30, mantendo relevância para fins educativos e contemplativos. O ranking evidencia o valor dos geomorfossítios e demonstra os potenciais para as práticas geoturísticas, de geoeducação e de geoconservação. Diante do exposto, a presente pesquisa busca reforçar e agregar no debate acerca dos temas como: geomorfossítios, geodiversidade e patrimônio geomorfológico no contexto Amazônico. Podendo contribuir para argumentações voltadas ao geoturismo e a geoconservação, pois esses conceitos são analisados como ferramentas impulsionadoras da sensibilidade e da sustentabilidade ambiental, além de potencializar formas de popularização dos conhecimentos relacionados a temática do seguinte estudo, fornecendo assim, subsídios para pesquisas futuras relacionadas às temáticas das Geociências no cenário Amazônico.