HISTÓRIAS INFANTIS NA ESCOLA: UM CONTO ETNOGRÁFICO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM PEQUENOS AVENTUREIROS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Histórias Infantis; Ludicidade; Aprendizagem Participativa; Prática pedagógica.
Vinculada à linha de pesquisa Educação, Culturas e Diversidades, esta investigação analisa como as histórias infantis, no contexto das culturas amazônidas urbanas do Amapá, se articulam às práticas pedagógicas locais do cotidiano escolar. Este estudo desdobra-se da inquietação: de que forma as histórias infantis são utilizadas na escola para o envolvimento das crianças na aprendizagem lúdica mediada pelo brincar? Nisto, tem como objetivo geral analisar as práticas pedagógicas lúdicas que utilizam as histórias infantis em aprendizagens participativas. Por conseguinte, florescem como objetivos específicos: descrever a epistemologia metodológica no uso das histórias infantis para a aprendizagem lúdica das crianças no contexto cultural e participativo; averiguar a compreensão da professora sobre as contribuições das histórias infantis para o envolvimento da criança na dinâmica de ensino-aprendizagem lúdica e; identificar as práticas pedagógicas que se apoiem em histórias infantis, no sentido de entender como são utilizadas para envolver a criança em aprendizagens lúdicas. Configura-se assim, nos contos registrados via observação participante sob o desenho da pesquisa do tipo etnográfico (André, 2008), das aventuras no mundo das histórias infantis de uma turma de crianças e sua professora do 3º ano escolar do ensino fundamental Anos iniciais dentro do ambiente escolar centro-urbano amapaense. Fundamenta-se, como aporte teórico, as três seções iniciais que discutem a criança, a ludicidade, o processo de aprendizagem aliado ao mundo literário discutido por autores como Ariès (1986), Brougère (1998, 2022), Brito (2022, 2013), Vigotski (1991, 1994, 2001, 2003, 2006, 2009), Zilberman (2005, 2012). As contribuições desta pesquisa concentram-se na coletânea de contos que emergiu das experiências pedagógicas e pessoais, evidenciando a proximidade da professora com a literatura e como essa relação influencia seu fazer pedagógico no cotidiano cultural da sala de aula. Além disso, destaca-se o papel ativo das próprias crianças nas experiências de exploração e construção de mundos por meio das histórias, tornando-se protagonistas e participando de forma ativa no desenvolvimento das narrativas. Reitera-se, assim, a importância de formar leitores por meio de práticas pedagógicas que não se restrinjam ao livro didático, mas que promovam experiências que incentivem a exploração de perspectivas múltiplas, valorizando a imaginação, o brincar e o diálogo cultural, contribuindo, dessa forma, para os estudos sobre histórias infantis e o contexto educativo no particular locus da Amazônia amapaense urbana.