DECASSÉGUIS, FRONTEIRAS E DINÂMICAS MIGRATÓRIAS JAPONESAS NO AMAPÁ
imigração, Amazônia, japoneses, famílias; mobilidade, trabalho
O presente trabalho é um estudo que contempla à realização de uma erudição sobre a identidade e o processo historiográfico das famílias japonesas que migraram na década de 1950 para o Território Federal do Amapá (TFAP), que compreende examinar a frente de ocupação na Amazônia Oriental, Partindo da trajetória de seu deslocamento por todo o Brasil, levando em conta os interesses de ambos os países: de um lado o Brasil com carência de mão-de-obra para execução das atividades nas fazendas de café, principalmente São Paulo, Mato Grosso do Sul na estrada de ferro e posteriormente com o cultivo de hortaliças, e no norte do Paraná com o algodão proveniente do bicho da seda, enquanto anos mais tarde grande parte foi destinada ao povoamento da Amazônia incluindo o extremo norte do país, como o Pará e os Territórios Federais, que buscavam de alguma forma a ocupação e manutenção dos espaços na Amazônia. Dessa forma com a análise de entrevistas e a exploração de diversos documentos e trabalhos, foi possível fazer uma reflexão mais analítica sobre as nuanças do tema em questão, assim como a ajuda da Associação Nipo-Brasileira do Amapá - ANIBRAP - Macapá-AP. Contudo a ausência de documentações que exploram toda a periodização dos migrantes japoneses no TFAP, que aponta um apagamento dessas populações e de sua importância na construção social e histórica do Amapá, dando a entender que as pesquisas que tratam sobre a migração japonesas na Amazônia refletem uma forma mais generalizadas sobre a permanências dessas populações nessas colônias de povoamento que se mantinha com características exploratórias para atender por muitas vezes os interesses nacionais e locais. Logo o referido levantamento histórico obtido através da coleta de dados de diversas fontes se fez essencial para auxiliar na produção junto com a ANIBRAP do “Memorial da Imigração Japonesa do Amapá”, que se tornará um museu construído no estado sobre tutela do município, como marco inaugural da migração japonesa para o Amapá, ajudando a somar sobre uma nova ótica e historicidade dentro das contribuições no âmbito da História e Ciências Sociais.