O CURSO DE LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA NA FRONTEIRA FRANCO-BRASILEIRA – HISTÓRIAS, MEMÓRIAS E PRODUÇÃO EPISTÊMICA ENTRE OS ANOS DE 2007 E 2008
ducação, Interculturalidade, Formação Docente
A pesquisa desenvolve um estudo entre fontes bibliográficas e documentais, de natureza histórica e etnográfica, relacionada à implantação e ao desenvolvimento do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena (CLII), no campus Binacional de Oiapoque/UNIFAP. O estudo organiza e sistematiza as temáticas trabalhadas nas produções acadêmicas (TCCs) dos acadêmicos indígenas entre os anos de 2007 e 2008, relacionando-os com os discursos atualmente proferidos por seus egressos. O objetivo é compreender como se constrói a relação entre a história, a memória e a cultura percebendo sua ascendência sobre a produção epistêmica dos acadêmicos, conforme são refletidos nos temas apresentados e nos trabalhos analisados. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa em que foram utilizados aportes teóricos específicos a geografia humana das regiões de fronteira; acrescidos da análise de trabalhos monográficos disponíveis no site oficial do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá e documentos análogos. Nossa abordagem etnográfica pretende discutir os impactos e repercussões da formação superior específica para a identidade étnica, a produção intelectual, o perfil profissional e a autonomia dos povos e pessoas indígenas participantes. Destaca-se a relevância da temática que busca visibilizar as demandas por uma educação especifica e diferenciada, historicamente reivindicadas pelo movimento indígena no Brasil, além de mensurar, qualitativamente, os resultados de uma política pública de formação docente, operacionalizadas pela universidade brasileira na atual fronteira franco-amapaense, situada na região do escudo das guianas.