AVALIAÇÃO DO POTENCIAL LEISHMANICIDA DE ÁCIDOS GRAXOS HIDROXIL DERIVADOS DO ÁCIDO KÓJICO
Ácido kójico (AK); Ácidos graxos hidroxil (AGH); Citotoxicidade; Atividade Leishmanicida.
O ácido kójico (AK) é uma substância de ocorrência natural, produzida pelo processo fermentativo de certos fungos filamentosos, especialmente do gênero Aspergillius. O AK se tornou frequentemente empregado nas indústrias alimentícia e cosmética, de modo que nos últimos anos o crescente aumento do interesse médico culminou no relato de propriedades antifúngica, antibacteriana, antitumoral e antileucêmica dentre outras. Mais recentemente, estudos revelaram seu potencial como estimulador de atividade fagocitária e efetividade in vitro e in vivo contra culturas de L. amazonensis, uma das 5 doenças infectoparasitárias endêmicas de grande relevância devido se tratar de uma doença negligenciada e seu tratamento ser longo, caro e com drogas usualmente tóxicas. Dessa maneira, buscando otimizar o processo reacional e obter substâncias com maior potencial de atividade terapêutica, este trabalho objetiva avaliar a ação de toxicidade leishmanicida in vitro de ácidos graxos hidroxil derivados do ácido kójico. Inicialmente será realizado uma triagem enzimática, com quatro diferentes lipases (CAL-B, Amano Lipase pseudomonas fluorescens, Porcine pâncreas e Lipase hog pâncreas) e condiçoes reacionais diferentes (tempo, temperatura e proporçao molar).Após a otimização das condições reacionais será empregado outros ácidos graxos de diferentes tamanho de cadeias oleico, palmítico e esteárico). Os compostos serão caracterizados por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM), Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C e Infravermelho – Transformada por Fourier (IV). Os produtos obtidos serão avaliados in vitro de viabilidade celular com o ensaio de MTT a fim de avaliar a citotoxicidade e avaliação de atividade leishmanicida com ensaio antipromastigota. Dessa maneira, pretende-se com este trabalho desenvolver novas substâncias que apresentem atoxicidade, eficácia contra as formas promastigotas de Leishmania (L.) amazonensis e cuja síntese seja de maior viabilidade, apoiando assim estudos posteriores com enfoque, por exemplo, na possibilidade de utilização na prática clínica, bem como reflita diretamente nos custos de tratamento.