Banca de DEFESA: ADEILSON PIMENTEL RABELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADEILSON PIMENTEL RABELO
DATA : 18/12/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Remota (on line pelo google meeting)
TÍTULO:

POTENCIAL REPELENTE, ADULTICIDA E LARVICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Philodendron megalophyllum Schott
CONTRA Aedes (Stegomyia) aegypti (LINNAEUS)

PALAVRAS-CHAVES:

Philodendron megalophyllum; Ae. aegypti; biorracional; Docking Molecular;

PÁGINAS: 80
RESUMO:

Introdução: O Aedes aegypti é um vetor de arboviroses de grande impacto na saúde pública global, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A resistência crescente aos inseticidas sintéticos e os efeitos ecotoxicológicos associados ao seu uso intensificam a busca por alternativas naturais, seguras e eficazes. Objetivo: Com base no uso etnobotânico das raízes de Philodendron megalophyllum por comunidades ribeirinhas da Amazônia, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial repelente, adulticida e larvicida do OE extraído das raízes adventícias da espécie frente ao mosquito Ae. aegypti, integrando análises químicas, biológicas e in silico. Metodologia: O OE foi obtido por hidrodestilação, apresentando rendimento de 0,146%, e caracterizado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM), que identificou 15 compostos majoritariamente sesquiterpênicos, com destaque para 5-epi-7-epi-α-eudesmol (66,6%), α-pineno (5,3%) e 10-epi-γ-eudesmol (5,3%). Resultados e Discussão: Nos bioensaios, o OE demonstrou atividade repelente, promovendo proteção por até 180 minutos, com relação dose-resposta positiva, sendo a concentração de 500 μg/mL a mais eficaz. Na atividade adulticida, observou-se forte dependência temporal: a CL50 reduziu de 2176,5 μg/mL (15 min) para 457,5 μg/mL (60 min), enquanto a CL90 diminuiu de 4244,3 μg/mL para 1169,3 μg/mL, evidenciando aumento da eficácia com o tempo de exposição. Na atividade larvicida, a CL50 passou de 203,98 μg/mL (167,85±263,91) em 24 horas para 89,72 μg/mL (64,80±112,77) em 48 horas, e a CL90 reduziu de 424,11 μg/mL (339,60±600,89) para 241,28 μg/mL (204,63±301,23). As análises morfológicas por microscopia eletrônica de varredura e óptica revelaram alterações estruturais nas larvas tratadas, como deformações cuticulares, escurecimento, encurtamento abdominal e desorganização tecidual, sugerindo interferência na integridade celular e nos processos fisiológicos vitais. A investigação in silico mostrou que os compostos majoritários 5,7-Diepi-α-eudesmol e 10-Epi-γ-eudesmol apresentaram alta afinidade com o sítio ativo da enzima acetilcolinesterase (AChE), com scores de 65,80 e 64,29, respectivamente, mediadas por ligações de hidrogênio (Tyr370) e múltiplas interações hidrofóbicas (Trp83, Tyr71, Tyr374). Esses achados indicam que a inibição da AChE é um dos possíveis mecanismos de ação do OE sobre o vetor. Conclusão: O estudo valida o uso tradicional de P. megalophyllum e apresenta o primeiro registro químico e biológico da espécie frente ao Ae. aegypti, destacando seu OE como uma promissora fonte natural para o desenvolvimento de produtos biorracionais.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ADRIANA MACIEL FERREIRA - UNIFAP
Presidente - 1017306 - RAIMUNDO NONATO PICANCO SOUTO
Externo à Instituição - VICTOR HUGO DE SOUZA MARINHO - UNIFAP