DESENVOLVIMENTO DE UM FITOCOSMÉTICO CONTENTO NANO-EMULSÃO DO EXTRATO DOS FRUTOS DE AÇAÍ (Euterpe oleracea)
Coloide; Euterpe oleracea; nano-emulsão; produtos naturais.
Introdução: Um dos setores que se mantem em constante crescimento é o de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Nos últimos anos, foi notado um crescente interesse do público por produtos de cuidados com a pele, denominados skincare, em especial aqueles desenvolvidos com ativos naturais e que prezem pela sustentabilidade. No entanto, apesar do interesse, o Brasil carece de desenvolvimento de fitocosméticos que valorizem a flora regional e possuam tecnologias diferenciadas. Os frutos de Euterpe oleracea Mart são reconhecidos pelo alto teor de antocianinas, substâncias com potentes atividades antioxidante e anti-inflamatória cientificamente comprovadas, o que torna sua utilização em cosméticos bastante interessante. A
nanotecnologia é bastante utilizada para o desenvolvimento de produtos por possuir a capacidade encapsular, proteger e potencialmente otimizar a estabilidade e atividade biológica dos ativos da formulação, entre outros benefícios. Além disso, é uma tecnologia que permite fácil veiculação de ativos naturais de forma eficaz e podendo utilizar metodologias de baixo custo. Objetivos: Desenvolver um fitocosmético à base de uma nano-emulsão do extrato dos frutos do açaí utilizando técnicas amigáveis ao meio ambiente e de baixo aporte de energia. Metodologia: As nano-emulsões contendo extrato de açaí serão desenvolvidas utilizando-se diferentes
tensoativos não iônicos individuais e sob a forma de misturas para distintos valores de equilíbrio hidrófilo-lipófilo. A estabilidade e reprodutibilidade dos sistemas coloidais obtidos será verificada através de distintos parâmetros, como pH, absorvância, turbidez, separação de fases, tamanho de partícula, entre outros, sob diferentes condições de armazenamento e ao longo do tempo. A nano-emulsão mais estável será selecionada para preparação de um sérum. Várias formulações com diferentes proporções de excipientes e ativo serão testadas, sendo submetidas a ensaios segundo o Guia de Estabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.