Nanopartículas metálicas biossintetizadas por fungos endofíticos isolados de amêndoas de Bertholletia excelsa Ducke
Palavras-Chave: Fungos endofíticos; Nanopartículas metálicas; Nanopartículas de prata; Nanopartículas de cobre; Castanha do Brasil; Biocatálise.
INTRODUÇÃO: A busca por métodos biológicos para obtenção de nanopartículas metálicas possui destaque devido as diversas aplicações biotecnológicas, estes procedimentos surgem como alternativa frente aos métodos tradicionais, fisícos e químicos. OBJETIVO: Biossintetizar nanoparticulas metálicas de prata (AgNP) e cobre (CuNP) por fungos endofíticos isolados de amêndoas de Bertholletia excelsa (Castanha do Brasil) provenientes da Amazônia. METODOLOGIA: Realizou-se uma triagem inicial com seis fungos endofiticos: Aspergillus sp. (Biorg 5), Trichoderma sp. (Biorg 7), Phaeoacremonium sp. (Biorg 15), Rhizopus sp. (Biorg 16), Aspergillus sp. (Biorg 22) e Clamidosporium sp. (Biorg 36), logo após, um delineamento experimental foi utilizado para obtenção das melhores condições de biossíntese de AgNps para o fungo que produziu as Nps em menor tamanho. Para as CuNPs, utilizou-se diferentes co-substratos: NpBP, NpEtOH, NpGly e NpAsc, seguido de caracterização por infravermelho com transformada fourier, além de avaliar os efeitos do cobre no crescimento e morfologia de Phaeoacremonium sp. RESULTADOS E DISCUSSÕES: após triagem com os fungos endofiticos, o Phaeoacremonium sp. (Biorg 15) produziu AgNPs com tamanho até 44,06 nm. A caracterização das AgNPs por FTIR sugerem interações entre o cofator fosfato e componentes miceliais do fungo Phaeoacremonium sp. com as AgNPs. As NPs de prata apresentaram atividade antibacteriana contra as cepas: Staphylococcus aureus (ATCC33591), Staphylococcus epidermidis (ATCC12228), Proteus mirabilis (ATCC 15290) e Klebsiella pneumoniae (ATCC 4352) e os testes de ecotoxicidade em microalgas Chlorella vulgaris mostraram alta toxicidade nas concentrações (10 mmol e 0.001 mmol). Em relação às CuNPs, os resultados mostraram que o co-adjuvante fosfato produziu CuNPs de 66,84 dm com -34 mV de potencial zeta. A análise por FTIR corrobora com a formação de CuNPs. Em tratando-se da análise de crescimento do halo em meio sólido na presença do metal, ocorreu leve deformação no crescimento de Phaeoacremonium sp. Enquanto que na ausência do metal, não observou-se qualquer efeito morfológico. CONCLUSÕES: Os fungos endofíticos isolados das amendoas de Bertholletia excelsa foram capazes de produzir AgNPs a CuNPs em tamanhos que variaram de 50-300 nm, como alternativa viável, de baixo custo, sem adição de agentes tóxicos e condições brandas, além de demonstrarem potencial biocidas contras bactérias e toxicidade em microalgas C. vulgaris. Enquanto que para a obtenção das CuNPs os agentes redutores exerceram papel de capeadores e protetores.