Kefir associado ao gérmem de soja: estudo físico-químico e farmacológico in vivo (atividade ansiolítica e antidepressiva).
Gérmen de soja. Isoflavonas. Kefir. Digestão in vitro.
Presente a anos na cultura oriental, a soja (Glycine max L. Merr.) é uma leguminosa rica em substâncias nutritivas e bioativas, como as isoflavonas, estas por se assemelharem ao estrogênio, possuem a capacidade de se ligarem aos receptores estrogênicos e apresentarem benefícios a saúde, como redução de doenças cardíacas, prevenção de câncer (próstata, mama e cólon), osteoporose e alívio dos sintomas da menopausa. O kefir é um probiótico produzido artesanalmente a partir da fermentação do seu substrato. Os grãos são uma associação simbiótica de bactérias e fungos, a bebida é levemente gaseificada e possui um gosto ácido, entre suas principais qualidades, está a restauração da flora intestinal, alívio da constipação e melhora da imunidade. Este trabalho teve como objetivo estudar os perfis de liberação de isoflavonas do gérmen de soja associado a cultura de kefir e, no meio intestinal. Inicialmente será realizada extração aquosa do gérmen de soja, nos tempos de 10, 30, 60, 90 e 120 minutos as amostras serão filtradas e as isoflavonas agliconas genisteína, gliciteína e daidzeína serão quantificadas em cromatógrafo líquido de alta eficiência. Em seguida, utilizando as concentrações do método padronizado por Oliveira (2016), de 40 g/L de açúcar mascavo, 10 g/L de gérmen de soja e 60 g/L de kefir, fermentado à temperatura de 25°C, no 3º, 6º e 9º dias de fermentação, será analisado e quantificado o teor das isoflavonas genisteína, gliciteína e daidzeína liberadas do meio, a extração de isoflavonas será elaborada de acordo com a metodologia de Carrão-Panizzi; Favoni; Kikuchi (2002). Posteriormente será realizada análise estrutural utilizando microscópio eletrônico de varredura, as amostras de kefir e de gérmen de soja associado ao kefir serão previamente liofilizados. Será avaliado a liberação de isoflavonas do gérmen de soja associada à cultura de kefir em meio intestinal baseado no método descrito por Breynaert et al. (2015) com modificações. E será observado a liberação de isoflavonas genisteína, gliciteína e daidzeína do complexo de gérmen de soja com kefir em membrana sintética e biológica em sistema de permeação.