AVALIAÇÃO DO EFEITO SAZONAL (PLUVIOMÉTRICO) SOBRE A COMPOSIÇÃO FENÓLICA E POTENCIAL ANTIOXIDANTE DE PLANTAS MEDICINAIS DA FLORESTA AMAZÔNICA
-Amazônia; Antioxidantes; Compostos fenólicos; Croton cajucara; Dalbergia monetaria; Licania macrophylla.
-Introdução: Plantas medicinais são frequentemente utilizadas pela população para o tratamento das mais diversas patologias, e esta melhora geralmente está associada aos metabólitos secundários, que podem ser farmacologicamente ativos. No entanto é importante entender que estes organismos podem apresentar variação de sua composição química em detrimento a fatores ambientais, como sazonalidade e precipitação, que consequentemente influenciam de forma positiva ou negativa a atividade biológica. Objetivo: Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a variação sazonal da composição química e atividade antioxidante de extratos das folhas de Croton cajucara (Sacaca), casca do caule de Dalbergia monetaria (Verônica) e Licania macrophylla (Anauerá), além de agregar valor a estes vegetais que são muito utilizados na Amazônia. Metodologia: Utilizando metodologias como quantificação de compostos fenólicos (fenois e flavonoides totais) através de espectrofotometria, e avaliar a atividade antioxidante através dos métodos DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidroxil), FRAP e Fosfomolibdênio. Para isso foram realizadas coletas mensais em um período de doze meses, do mesmo indivíduo de cada espécie estudada e os dados foram representados em gráficos e tabelas e tratados pelos métodos ANOVA seguido de Tukey e correlação de Pearson. Resultados e discussões:C. cajucara apresentou elevadas taxas de fenois e flavonoides totais no mês de junho com forte correlação entre si (r = 0,89), no entanto, ambos mostraram correlação fraca e negativa com a preciptação; a chuva correlacionou-se de modo moderado apenas com FRAP e Fosfomolibdênio, mas negativamente. D. monetaria demonstrou os melhores (mais elevados) resultados para a composição química e atividade antioxidante do que as outras espécies analisadas, com destaque para o período menos chuvoso que mostraram as maiores concentrações; fenois e flavonoides correlacionaram-se moderadamente entre si (r = 0,38) e fraco e moderado, respectivamente com a precipitação; a chuva apresentou forte correlação negativa com Fosfomolibdênio (r = -0,65). Para L. macrophylla, ocorreu ausência de correlação entre fenois e flavonoides (r = 0,09) e a chuva correlacionou-se moderadamente apenas com DPPH (r = 0,36). Conclusões:Ocorreu variação sazonal durante a temporada analisada para as três espécies estudadas, umas mais acentudas e outras menos. A preciptação influenciou pouco e mais de modo negativo.