Potencial antinociceptivo dos alcalóides de Erythroxylum ovalifolium Peyr.
Restinga de Jurubatiba; Antinociceptiva; Alcaloides; Erythroxylum ovalifolium Peyr.
A Erythroxylum ovalifolium Peyr. é uma planta popularmente conhecida como quixaba e utilizada etnofarmacologicamente para dores nas costas. Esse vegetal é proveniente da Restinga de Jurubatiba, o qual possui poucos estudos sobre sua constituição química e atividade biológica. Ele pertence à família Erythroxylaceae e ao gênero Erythroxylum P.Browne. Algumas espécies deste gênero apresentam destaque, como a Erythroxylum coca, e isso se deve a presença de metabólitos especiais importantes, como os alcaloides. Os alcaloides são substâncias químicas de grande interesse científico, muitos estudos relacionam a sua presença a atividade farmacológica analgésica. Os analgésicos pertencem a uma classe de fármacos muito utilizado devido a dor está presente em patologias de gravidades diversas e ser atualmente um problema de saúde pública. Resultando assim, em um grande interesse farmacêutico na realização de pesquisas para o desenvolvimento de fármacos analgésicos mais potentes e específicos em seus sítios de ligação. Devido à grande variedade de metabólitos biologicamente ativos que são usados popularmente em diversas doenças relacionadas a dor, as plantas estão entre as potenciais fontes de novos ativos com atividade antinociceptiva. O objetivo desse estudo é avaliar o potencial antinociceptivo de uma fração alcaloídica de Erythroxylum ovalifolium. Para investigar o possível atividade farmacológica desse arbusto será necessário a coleta do material vegetal (folhas) no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba; preparação do material; obtenção da fração alcaloídica; caracterização fitoquímica em cromatografia em fase líquida com detecção por espectrometria de massas de alta resolução (CL-EMAR); será realizado estudos in silico e avaliação da atividade in vivo em camundongos, através do teste de contorção abdominal, formalina e placa quente.