VALORES DE REFERÊNCIA PARA COMPOSIÇÃO CORPORAL E ÂNGULO DE FASES DE ATLETAS DO ATLETISMO AMAPAENSE
Antropometria – Atletismo – Saúde
Introdução: A investigação da composição corporal em atletas tem obtido grande interesse por parte da comunidade científica, especificamente em relação a saúde e a performance esportiva. Adicionalmente, o Ângulo de Fase tem sido associado a melhora do rendimento atletismo em diferentes modalidades esportiva. O atletismo compreende um conjunto de provas as quais apresentam perfis diferenciados de composição corporal por parte dos atletas de cada seguimento, podem assim impactar no Ângulo de Fase dos atletas de
diferentes provas da modalidade. No entanto, faltam dados de referência para a referida modalidade que relacione a performance atlética e a saúde de forma específica para cada grupo de provas, (velocidade e fundo) através de dados da composição corporal e ângulo de fase respectivamente. Objetivo Elaborar tabelas de referências para variáveis da composição corporal (peso, estatura, massa magra e massa gorda) e ângulo de fases, para os diferentes grupos de provas do atletismo Amapaense. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa que utilizou dados antropométricos de atletas filiados/ativos na Federação de Atletismo do Amapá, abrangendo atletas de 4 clubes com idades a partir de 14 anos de ambos os sexos. Foram aferidas medidas antropométricas, especificamente peso e altura, através de balança portátil e estadiômetro respectivamente, composição corporal e ângulo de fase através de adipômetro e Bioimpedância respectivamente. Adicionalmente, foram coletados dados específicos referentes aos atletas e a modalidade, nomeadamente, especialidade de prova, participação em competições e dados nutricionais. Todos os participantes assinaram o TCLE, e o projeto de pesquisa foi submetido ao conselho de ética antes da coleta de dados. Resultados: Os resultados evidenciaram diferenças na composição corporal entre os grupos etários na categoria de Velocidade, com os atletas adultos apresentando valores mais elevados para MM (90,5 ± 5,2% vs 83,1 ± 8,1%) e menores resultados para MG (9,5 ± 5,2% vs 16,9 ± 7,1%; p=0,013) comparados aos atletas de 14 a 18 anos. O IMC entre os grupos etários, foi observado que os atletas de resistência adultos apresentam valores mais elevados, comparados aos atletas mais jovens (23,6 ± 3,4 vs. 19,8 ±0,006 2,4; p=), assim como os atletas velocistas adultos apresentam valores mais elevados em comparação aos atletas mais jovens (23,8 ± 1,3 vs. 20,1 ± 2,1; p=0,001). O ângulo de fase total foi maior nos atletas de velocidade em relação aos atletas de resistência adultos (7,3 ± 0,3 vs. 6,5 ± 0,6). O Ângulo de fase dos mesmos superiores também ilustrou valores mais elevados dos atletas velocistas comparados aos atletas de resistência entre os adultos (6,7 ± 0,5 vs. 5,8 ±0,8; p=0,001), assim como o ângulo de fases dos membros inferiores (7,5 ± 0,6 vs. 6,7 ± 0,7; p=0,003). Os resultados encontrados podem contribuir para a identificação de talentos e o desenvolvimento de estratégias de treinamento mais eficazes. Adicionalmente, os achados quanto ao AF, demonstra a relevância desta variável como um marcador potencial para a avaliação da saúde e do desempenho dos atletas, sugerindo que medidas para melhorar a composição corporal e a hidratação podem ter um impacto positivo na integridade celular e, consequentemente, no desempenho atlético.