Banca de DEFESA: THAIS BATISTA MARQUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAIS BATISTA MARQUES
DATA : 05/11/2024
HORA: 09:00
LOCAL: BLOCO DA PÓS GRADUAÇÃO
TÍTULO:

UTILIZAÇÃO DOS SOROS ANTIVENENOS EM ACIDENTES OFÍDICOS
OCORRIDOS NA FAIXA DE FRONTEIRA DOS ESTADOS DO AMAPÁ E PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

mordedura de serpente; soroterapia; Amazônia


PÁGINAS: 54
RESUMO:

Os acidentes ofídicos no Brasil ocorrem com maior incidência na região Amazônica e afetam
prioritariamente a população de áreas rurais e florestais. No Amapá, atualmente são escassos
os estudos que abordam a casuística dos acidentes ofídicos e os soros antivenenos utilizados.
Objetivou-se analisar o processo de utilização de soros antivenenos para tratamento dos
acidentes ofídicos ocorridos na região de fronteira dos Estados do Amapá e Pará. Realizada
pesquisa documental descritiva, com delineamento transversal e abordagem quantitativa.
Foram registrados 207 casos de acidentes ofídicos na faixa de fronteira entre os Estados do
Amapá e Pará, de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Os casos ocorreram predominantemente
em área rural (87%), acometendo homens (71,5%), indígenas (69%), na faixa etária
economicamente ativa, de 19 à 39 anos (35,7%). O gênero Bothrops foi o principal agente
causador dos acidentes (83,6%); ocasionando lesões nos membros inferiores (78,3%), e
sintomas leves de envenenamento (53,6%). Pouco mais da metade dos casos foi atendida entre
0 a 6h pós-acidente; 87% evoluíram para cura, e 3 casos (1,5%) evoluíram ao óbito. Foi
realizada indicação de soroterapia com antivenenos a 78,3% dos casos. Ao analisar o uso dos
soros antivenenos, 76,3% das prescrições não estavam de acordo com os protocolos de
tratamento do Ministério da Saúde, 49,8% abaixo do recomendado e 26,6% acima do indicado.
Em Oiapoque, somente 16,8% dos tratamentos apresentou correspondência às diretrizes em
vigor. De acordo com o gênero da serpente, os tratamentos botrópicos foram assertivos em
24,9% e os laquéticos, em apenas 15,4%. Constatou-se a baixa adesão aos protocolos
preconizados, a subnotificação de casos, a partir da análise de consumo de soros sem o devido
registro nos sistemas oficiais de informação; e o registro de casos não tratados por falta de soros
antivenenos. Demonstrando a real necessidade de capacitação de todos os profissionais
envolvidos no processo de distribuição, tratamento e notificação de vítimas de acidentes por
serpentes.
Palavras-Chave: mordedura de serpente; soroterapia; Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1372448 - CARLOS EDUARDO COSTA DE CAMPOS
Externa à Instituição - CECILIA RAFAELA SALLES FERREIRA
Interna - 3299691 - LETHICIA BARRETO BRANDÃO
Interno - 1017306 - RAIMUNDO NONATO PICANCO SOUTO
Notícia cadastrada em: 03/11/2024 22:30
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