Este projeto de pesquisa tem por objetivo analisar os impactos ambientais decorrentes da implantação de empreendimentos na Zona Sul da cidade de Macapá, com ênfase na área situada no entorno da Rodovia Josmar Chaves Pinto, no intervalo temporal compreendido entre os anos de 2000 e 2024. A investigação parte do reconhecimento de que o processo de expansão urbana na região, orientado por dinâmicas do mercado imobiliário, tem intensificado a fragmentação dos ecossistemas locais, promovido a supressão de áreas verdes e úmidas, ampliado as superfícies impermeáveis e sobrecarregado os sistemas de drenagem urbana, ocasionando danos ambientais. Para a discursão téorica, este estudo será sustentado estudos  dos principais autores: Harvey, Lefebvre, Milton Santos, Maricato, Rolnik, Castro e Monte-Mór, cujas contribuições são fundamentais para a compreensão das contradições inerentes ao planejamento urbano contemporâneo, bem como dos processos de segregação socioespacial resultantes da urbanização excludente e ambientalmente insustentável. Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, fundamentada no levantamento e análise de dados secundários, geoinformações, imagens de satélite e uso de ferramentas de geoprocessamento para identificação e mapeamento dos empreendimentos habitacionais implementados no período em estudo. Assim, pretende-se, compreender a correlação entre as transformações espaciais induzidas pela urbanização e os impactos socioambientais observados, a fim de subsidiar a formulação de diretrizes para políticas públicas voltadas à promoção de um planejamento urbano comprometido com a sustentabilidade. A hipótese que orienta o estudo considera que a expansão urbana acelerada e desordenada na referida zona sul de Macapá tem sido intensificada pela ausência de um planejamento ambientalmente integrado, o que tem resultado em danos ao meio ambiente e na ampliação das vulnerabilidades urbanas. Nesse sentido, o trabalho visa contribuir para o debate crítico sobre os efeitos da urbanização em cidades da Amazônia e para a construção de alternativas que conciliem crescimento urbano, preservação ambiental e equidade socioespacial.