A presente pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva – PROFEI, da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP e está inserida na Linha de Pesquisa Práticas e Processos Formativos de Educadores para a Educação Inclusiva. Dados estaduais do Amapá, em 2020, apontaram 2.971 alunos deficientes intelectuais (DI) matriculados nas escolas públicas estaduais. Diante dos números, é imperiosa uma pesquisa que ajude o professor a lidar com esse tipo de deficiência e sobretudo proponha uma formação específica na área da inclusão de alunos DI. Em face às múltiplas realidades educacionais do Brasil, questiona-se: qual o conteúdo ideal para uma tecnologia digital de apoio à formação continuada de professores de escolares DI? A referente pesquisa é do tipo tecnológica, pois empregará não só pressupostos da pesquisa científica, bem como terá o objetivo de construir um produto educacional. A pesquisa aborda o Design Educacional Modelo ADDIE e conta com três fases, que são: Análise, Design e Desenvolvimento, Implementação e Avaliação. Para a fase de Análise, foram selecionados 100 (cem) estudos para compor a revisão da literatura e foram obtidos 10 (dez) conteúdos para serem utilizados no website, se selecionados por docentes das instituições coparticipantes. Os resultados desta fase comprovam quanto aos tipos de estudo, os artigos científicos são a principal fonte de publicação sobre DI, 56%, seguido de dissertação 24%, de produto educacional 9%, de monografia de especialização 7% e de tese 4%. Os anos dos trabalhos selecionados foram de 2008 a 2023, somente aqueles publicados após o marco da aprovação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva- PNEE. A seleção dos conteúdos para o website, na revisão de literatura, passou pelas fases da Análise de Conteúdo, que se estrutura em três: 1) pré-análise; 2) exploração do material, categorização ou codificação e 3) tratamento dos resultados, inferências e interpretação. Os conteúdos selecionados dos estudos foram: “Estratégias e metodologias de ensino para estudantes DI” (26%), seguido de “Diferenciação curricular” (16%), “Ensino colaborativo” (11%),  “Conceitos da deficiência intelectual e características da pessoa DI” (9%),  “Avaliação” (8%), “A importância da família para a aprendizagem do aluno DI” (7%), “Socioemocional e problemas ligados a estudantes DI” (7%), “História e políticas públicas do público-alvo da educação inclusiva” (6%), “DUA” (5%), “Tecnologia Assistiva” (5%). Nesse sentido, considera-se, enquanto produto educacional, a criação de um website voltado para a formação docente. O website será finalizado após conclusão de todas as etapas desta pesquisa.

O tema “podcast na formação docente: a transposição didática de termos médicos sobre baixa visão para profissionais da educação básica”, foi escolhido após indagações se e quais meios os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), utilizam para transformar o conhecimento científico (termos médicos oftalmológicos) em conhecimento didático? Uma formação sobre a temática de baixa visão fornecerá subsídios aos professores do AEE para que façam a transposição didática (transformação do conhecimento científico para o conhecimento didático) de termos médicos relacionados à essa especificidade visual? Com a formação, sobre os termos médicos relacionados a baixa visão, os professores farão a adaptação e/ou adequação de materiais e recursos pedagógicos para alunos com baixa visão de acordo com suas condições visuais? Diante dessas questões de pesquisa definiu-se como objetivo principal promover formação continuada para professores do AEE, que os qualifique a compreender os termos médicos sobre baixa visão, e assim possam refletir sobre sua prática, adequando materiais e estratégias de acordo com especificidade visual de cada aluno. Para se obter os dados desta pesquisa foram realizadas rodas de conversas e o tratamento de dados baseou-se na análise de conteúdo, de acordo com Bardin. Como resultado das rodas de conversa foi criado um podcast intitulado “Baixa Visão não é cegueira”, onde foram compartilhadas informações e orientações sobre como o professor do AEE pode entender as especificidades da funcionalidade visual e melhor aproveitar os resíduos visuais do aluno com baixa visão.

A referida pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva – PROFEI da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, inserida na linha de pesquisa Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. O citado trabalho teve como objetivo geral analisar a organização e funcionamento do Atendimento Educacional Especializado em uma Escola Quilombola do município de Macapá-AP. Como objetivos específicos: analisar o PPP da escola, considerando a especificidade da escola quilombola e o público da educação especial, analisar as estratégias de atendimento que as professoras do AEE utilizam para contribuir com a acessibilidade pedagógica; compreender, a partir das narrativas das professoras da classe regular e do AEE, as ações pedagógicas desenvolvidas. Como instrumento de coleta de dados, foi aplicada entrevista semiestruturada e observação do contexto escolar, com registro por meio de diário de bordo. Configurou-se um estudo qualitativo, em que fizeram parte da pesquisa 02 professoras do AEE e 05 professoras da classe regular. Quanto ao tratamento dos dados, estes foram tratados por meio do método de análise de conteúdo, que permitiu compreender significados construídos a partir de um conjunto de textos. A pesquisa pôde contribuir com a comunidade escolar quilombola, tão rica de significados, porém, tão carente de olhar mais atento quanto a aplicabilidade das políticas públicas; a mesma trouxe como resultado a importância de a escola Quilombola apropriar-se de seus direitos, as professoras usufruírem de formação continuada, um PPP que legitimasse as ações inclusivas da escola e elaboração do PEI. A escola quilombola, com seus direitos pouco respeitados e com um legado cultural significativo, relaciona-se com a tradição centenária de um povo ávido de desenvolvimento social e cultural. A pesquisa promoveu reflexões quanto ao AEE e possibilitou uma reconexão com o fazer pedagógico em contextos quilombolas, além de mostrar a importância da Educação Especial como uma modalidade de educação que busca consolidar o direito dos estudantes público da educação especial, na interface com a educação escolar quilombola, promovendo sua emancipação e acessibilidade nos sistemas de ensino, em diferentes realidades socioculturais, realidade essa retratada no Produto Educacional “Guia de Orientação de Práticas Pedagógicas Inclusivas para Docentes da Escola Quilombola”, material didático que se configurou em um produto de apoio/suporte com fins didáticos na mediação dos processos de ensino e aprendizagem de estudantes público da educação especial na Escola Quilombola Lagoa dos Índios, com o ritmo e a cor da cultura do quilombo.

A presente pesquisa intitulada “Formação continuada de professores dos anos iniciais na perspectiva inclusiva e antirracista: saberes e práticas pedagógicas  no contexto da Escola Quilombola José Bonifácio no Quilombo do Cria-ú/AP” tem como objetivo contribuir com a formação continuada dos professores dos anos iniciais, propondo a realização de oficinas voltadas para as práticas pedagógicas inclusivas e antirracistas no contexto da Escola Quilombola do Cria-ú/AP. Neste sentido, o estudo tem por finalidade analisar como os professores dos anos iniciais desenvolvem suas práticas e saberes pedagógicos na perspectiva da educação inclusiva e antirracista no contexto da escola quilombola, a fim de identificar as principais dificuldades em desenvolver práticas pedagógicas inclusivas, com ação didático-pedagógica de cunho intervencionista-pedagógico. O estudo consiste numa abordagem qualitativa, do tipo exploratório, com procedimento técnico em estudo de caso, utilizando a observação, a entrevista, o questionário semiestruturado como instrumentos de coleta de dados, com adicional abordagem normativa disposta na Lei n. 10.639/03 e na Resolução n. 08/2012. Os resultados preliminares evidenciam que, na rotatividade de docentes, há implementação do currículo afrorreferenciado e, embora haja esforço por parte dos colaboradores em efetivar inclusão e políticas antirracistas nas práticas e saberes pedagógicos, os recursos são limitados e carecem de acesso às estratégias atuais e ferramentas digitais para que consolidem a inclusão, a escolarização antirracista e a permanência dos estudantes na escola. Assim, a formação continuada que se pretende dialoga diretamente com o emprego dos materiais disponíveis, com estratégias metodológicas inovadoras e com a preparação dos docentes na afirmação da identidade do Quilombo, contribuindo no desenvolvimento de ações pedagógicas mais significativas.